Diversas situações de violência têm afetado o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no Ceará, limitando o acesso da população aos serviços de saúde e impactando a saúde mental desses profissionais. Segundo estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ceará, 40% dos agentes relatam sofrimento mental, enquanto 43,6% já se sentiram ameaçados durante o trabalho.
A pesquisa, que entrevistou 1,9 mil agentes de oito municípios nordestinos, incluindo quatro capitais e quatro cidades do interior do Ceará, destacou a relação direta entre o nível de violência em determinadas áreas e a dificuldade dos profissionais em realizar suas atividades. Isso afeta não apenas o cuidado à saúde da população, mas também a própria saúde física e mental dos agentes comunitários.
Resultados alarmantes serão discutidos na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, por uma comitiva de pesquisadores cearenses e pernambucanos. A visita, marcada para o período de 18 a 22 de março, visa compartilhar descobertas e buscar soluções para mitigar os impactos da violência no trabalho desses profissionais.
É essencial reconhecer que os agentes comunitários de saúde desempenham um papel fundamental nas comunidades, sendo muitas vezes o único elo entre os moradores e os serviços de saúde. No entanto, o aumento da violência tem dificultado sua atuação, levando não apenas ao adoecimento dos profissionais, mas também à redução do acesso da população aos cuidados de saúde necessários.
Nesse contexto preocupante, políticas públicas que abordem a violência urbana, a formação profissional e o fortalecimento do sistema de saúde são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar dos agentes comunitários de saúde e da comunidade em geral.
Junte-se a CONACS na luta por um ambiente mais seguro para o trabalhos dos Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Combate às Endemias, e demais profissionais de saúde, como também para toda a população. A CONACS está sempre na luta, buscando garantir nossos direitos e promover condições de trabalho mais seguras e saudáveis para todos os agentes.
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